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PROJETO DE LEI1028/2022
Autor(es): VEREADOR FELIPE BORÓ


A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
D E C R E T A :
Art. 1º O Poder Executivo dará o nome de cantora Elza Soares (1930 /2022) a uma escola ou creche da Rede Municipal de Ensino, que seja situada no sub-bairro da Vila Vintém em Padre Miguel, na área da 8ª Coordenadoria Regional de Educação.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Plenário Teotônio Villela, 17 de fevereiro de 2022.


JUSTIFICATIVA

Elza Gomes da Conceição, mais conhecida como Elza Soares, nasceu em 1930, no Rio de Janeiro, filha de operário e de lavadeira, oriunda de família muito humilde, composta por dez irmãos, na favela da Moça Bonita (atualmente Vila Vintém), no bairro de Padre Miguel; ainda pequena mudou-se para cortiço no bairro da Água Santa, onde foi criada.
Umas das raras unanimidades da música brasileira, a cantora, compositora, atriz e apresentadora Elza Soares, já no ano de 1953, torna-se destaque da música nacional ao ganhar nota máxima em sua primeira apresentação no Programa do Ary Barroso, espécie de reality show da época. Uma das maiores personalidades da história da música popular brasileira, Elza Soares voltou de maneira avassaladora à cena musical no ano de 2015, em grande estilo, com o show da turnê "A Mulher do Fim do Mundo", o primeiro álbum de inéditas na carreira da artista. Assim que o disco foi lançado, no segundo semestre de 2015, o reconhecimento foi instantâneo. Passado algum tempo, o legado desse trabalho foi delineado como “o mais importante da década”, conforme bem frisou a coluna "Tudo Tanto", da revista "Caros Amigos". Desde o lançamento, o álbum já havia sido agraciado nacionalmente com os prêmios de Melhor Show Nacional, da Folha de São Paulo e do Estado de São Paulo, de Melhor Álbum, pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) e de Melhor Álbum de 2015 e Melhor Música de 2015 ("Maria da Vila Matilde") pela revista Rolling Stone Brasil, de Melhor Álbum na categoria Pop/ Rock/ Reggae/ Rip Rop/ Funk” na 27° edição do Prêmio da Música Brasileira 2016. Nessa edição do prêmio, Elza também foi indicada a Melhor Cantora e a Melhor Música com "Mulher do Fim do Mundo", além de ser premiada com “Canção do Ano” pelo Prêmio Multishow 2016 (“Maria da Vila Matilde”). Na imprensa internacional, o álbum faturou os prêmios “The Guardian 5/5 estrelas”, “Songlines 5/5 estrelas”, “Financial Times 4/5 estrelas”, “Mojo Maganize 4/5 estrelas” – World álbum of the month, “The Sunday Times – Magnificent”, “The Arts Desk – A monumentally great álbum”. Além da enxurrada de prêmios, Elza Soares é trilha da surpreendente série 3% da Netflix com a “Mulher do Fim do Mundo”.
Em 2016, a artista cantou na abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e com o lançamento do disco no exterior, a cantora arrebatou outras façanhas, além de uma turnê internacional pela Europa passando pelos principais festivais e teatros de Berlim, Utrecht, Londres, Aveiro, Porto e Lisboa, sempre com lotação máxima nos templos da música em que se apresentou. Recebeu resenhas entusiasmadas nos respeitados The Guardian (“Surely the best Brasilian album of the year”) e Pitchfork, (“...one of the year’s most original and exhilarating listens”). Para coroar o exuberante resultado, a artista ganhou também o Grammy Latino 2016 por Melhor Álbum de Música Popular. O fim de 2016 trouxe mais listas e resultados surpreendentes para o trabalho. A "Mulher do Fim do Mundo" foi citada como “um dos 10 melhores discos do ano” pelo The New York Times, eleito o melhor álbum de 2016 na Ípsilon, pelo público de Portugal, enquanto o Pitchfork o pontuou como o 32º melhor álbum de 2016.
Em 2017, a incansável Diva da música popular brasileira voltou a encabeçar as principais listas de premiações musicais com destaque para as indicações e premiação na 28° edição do Prêmio da Música Brasileira na categoria “Canção Popular” com o prêmio de Melhor Álbum para o disco “Elza canta e chora Lupi” em 2016, com registro em CD e DVD do trabalho da artista em homenagem ao emblemático cantor e compositor Lupicínio Rodrigues, músico responsável pelo primeiro sucesso de Elza Soares, a música “Se acaso você chegasse” do disco “A bossa- negra”.
Ainda em 2017, Elza Soares ganhou o mundo novamente com o segundo ano da turnê internacional. Em maio, o show “A Mulher do Fim do Mundo” foi apresentado na Broadway, no coração de Nova York no teatro The Town Hall pela Red Bull Music Academy Festival. Em junho, Elza Soares regressou à Europa, começando pelo palco do prestigiado Primavera Sound Barcelona, passando pelo Teatro Coliseu de Lisboa, seguindo para o NOS Primavera Sound Porto, depois em Faro, no Teatro das Figuras, seguindo para Festival Raízes do Atlântico em Funchal. A consagrada artista brasileira mereceu destaque na imprensa mundial após os concertos em Portugal. "Elza Soares sambou na cara dos inimigos", “Elza Soares, a decana que deu samba no festival” e “O furacão Elza Soares arrasou o parque da cidade”, foram alguns dos títulos de capa dos jornais europeus após as impactantes apresentações em terras lusitanas.
Finalizada a temporada Portuguesa, Elza Soares apresentou-se no Festival Rotterdamse Schowburg, em Rotterdam, na Holanda, encerrando a 'Euro Tour 2017", em Copenhagen, capital da Dinamarca, em um dos mais importantes festivais de música do mundo, o Roskilde Festival. Em agosto do mesmo ano a artista voltou aos EUA para levar seu show ao Festival Red Bull Summer Stage no Central Park de Nova York e foi destaque de uma página do prestigiado jornal The New York Time. Antes, a diva da música brasileira estampou a capa da edição de junho da emblemática revista Rolling Stone. De volta ao Brasil, Elza Soares retomou a turnê nacional e fez sua estreia no maior festival de música da América Latina, o Rock In Rio, edição 2017, e foi aclamada pela crítica e pela mídia como um dos melhores shows dessa edição do festival.
Eleita em 2000 como a Melhor Cantora do Milênio, pela BBC - de Londres, e do alto das suas 6 décadas de carreira, Elza Soares desfruta, atualmente, a apoteose de uma vida dedicada à música e após o encerramento da turnê do premiado espetáculo “A Mulher do Fim do Mundo”, uma "ópera" emocional que retrata as mazelas da sociedade, Elza Soares lançou seu o álbum de estúdio “Deus é Mulher”, o segundo disco de inéditas de sua carreira, repetindo a proposta do trabalho anterior, instigando o espectador à reflexão sobre a condição do indivíduo em sociedade marcada pela violência, com críticas social e política à realidade brasileira e por que não ao mundo; dessa vez, com discurso ainda mais direto, contundente e global, porém com mensagens propositivas, de renascimento e de esperança. O espetáculo que levou o nome do disco “Deus é Mulher” repetiu o time da turnê do trabalho anterior, com direção musical de Guilherme Kastrup, que também assinou a produção musical do disco. O espetáculo trouxe a cantora em seu célebre trono em meio a um cenário que contrapõe o espetáculo anterior com tons claros, dourados, cenário fluido e apresenta a cantora como uma entidade feminina responsável por gerar a vida, a energia, a arte, como em um útero materno. Quem assinou a concepção do cenário, luz e projeções do espetáculo é Anna Turra, que também assinou o trabalho anterior. Elza contracenou com sua banda composta por Rafa Barreto, Marcelo Cabral/ Luque Barros, Rodrigo Campos, Guilherme Kastrup, Mestre Dalua, Rubi e algumas novidades nesse grande time.
Para o lançamento do espetáculo no SESC Villa Mariana em junho 2018, o show teve as participações especiais do icônico grupo afro percussivo formado somente por mulheres, Ilu Oba de Min e também a participação de Mariá Portugal na bateria em uma das músicas.
O repertório trouxe músicas do álbum Deus é Mulher, como a faixa, "Dentro de Cada Um" de Pedro Loureiro e Luciano Mello, "Exu Nas Escolas" de Kiko Dinucci e Edgar, “Língua Solta" de Alice Coutinho e Rômulo Froes, "Banho" de Tulipa Ruiz, “Deus Há de Ser” de Pedro Luís, além de trazer de volta dois sucessos do disco e show anteriores que se tornaram clássicos da carreira de Elza, são as canções “Mulher do Fim do Mundo” e “Maria da Vila Matilde”.
O belo trabalho rendeu prêmios como Melhor Disco do Ano, pelo O Globo e Folha de São Paulo, foi indicado ao prêmio de Melhor Disco pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) e indicada ao Grammy Latino 2019 por Melhor Álbum de Música Popular.
Em 2018, Elza Soares foi eleita como a personalidade brasileira mais influente da década na moda e no lançamento de tendências no Brasil, em matéria de capa promovida pela Folha de São Paulo e dividiu o feito com a cantora Beyoncé, personalidade mais influente da década na moda e no lançamento de tendências no mundo. Em junho de 2021, Beyoncé homenageou Elza em postagem no perfil do Instagram da sua fundação, a BeyGOOD, elegendo a cantora brasileira como a maior do país. A homenagem teve ponto auge na visita da senhora Ivy MacGregor, presidente da fundação, que esteve no Brasil para visitar Elza e entoar pessoalmente os agradecimentos de Beyoncé pelo conjunto da obra de Elza Soares.
Considerada por muitos a maior cantora do Brasil, Elza Soares é uma recordista em lançamentos fonográficos. Ao longo da carreira foram cento e vinte e três lançamentos musicais entre álbuns, compactos, duplos, coletâneas, discos ao vivo e singles, em quase setenta anos de carreira. Soma-se a isso três DVD´s, setenta faixas com lançamento individual, antes da era dos singles e cento e vinte e seis participações em projetos especiais, discos de outros artistas e trilhas sonoras de novelas, filmes, séries e projetos audiovisual em geral.
Elza lançou em setembro de 2019 o álbum "Planeta Fome", disco que reúne as pontas e é uma religação do início de sua carreira com os dias de hoje, vivendo o seu auge. O disco recebeu duas indicações ao Grammy Latino 2019 por Melhor Álbum de Música Popular Brasileira e Melhor Música do Ano.
Elza ainda era aspirante à cantora quando foi ao programa "Calouros em Desfile", na Rádio Tupi, apresentado por Ary Barroso. Ao vê-la vestida com trajes pobres perguntou: "De que planeta você veio, minha filha?". E ela respondeu: "Do mesmo planeta que o senhor, do planeta fome". Naquela época, Elza achava que se tivesse alimento para ela e para os filhos, não teria mais fome. O tempo passou e Elza continua com fome, fome de cultura, de dignidade, de educação, de igualdade e muito mais, Elza percebeu que a fome só muda de cara, mas não tem fim. Há sempre um vazio na humanidade que a gente não consegue preencher e talvez seja essa mesma a razão da nossa existência. E é disso que se trata "Planeta Fome", é essa a história que ela conta nesse álbum.
São muitas fomes e por isso o disco passa por tantos temas e critica tanto o Brasil, nosso lugar de fala, e que nos deixa tão famintos muitas vezes. "Eu preciso encontrar um país que onde a saúde não esteja doente e com educação eficiente que possa formar cidadãos realmente - canta Elza em "País do Sonho".
Elza escolheu minuciosamente o repertório, selecionando o que queria cantar, o que fazia sentido nesse tempo de hoje. São 11 faixas, entre inéditas e regravações, incluindo uma composição própria, a primeira vez que grava uma música sua, que trazem a fome de Elza Soares em 2019.
O disco tem participações de BaianaSystem, Orkestra Rumpilezz, Virginia Rodrigues, B Negão, Pedro Loureiro e Rafael Mike. "Planeta Fome" e foi produzido por Rafael Ramos e Elza Soares, gravado no Estúdio Tambor, no Rio de Janeiro.
O show de "Planeta Fome" é tão forte quanto o álbum e tudo o que está ao redor de sua criação. Ao começar pelo figurino de Elza, feito com vários alfinetes remetendo a roupa que usava no dia do programa do Ary Barroso. A impactante estreia no Rock in Rio, em 2019, no palco Sunset, como headliner da noite, rendeu o título de Melhor Show pela crítica especializada. A partir daí, Elza Soares rodou o Brasil para expressar suas "fomes" em cada canto desse país e, mesmo com a Pandemia, não teve o seu discurso interrompido.
Como uma fênix, Elza Soares se reinventou durante a Pandemia de Covid-19, mergulhou no mundo das lives, foi eleita a Personalidade do Ano pelo WME e ganhou o prêmio de Melhor Live do Ano, pela mesma premiação. Foram mais de quarenta lives durante o ano de 2020, duas dezenas de singles gravados e, em 2021, Elza lançou-se ao seu novo desafio. A gravação do novo disco de estúdio com a maior parte do repertório baseado em suas composições próprias e de outras compositoras, ou seja, um disco totalmente feminino, além da gravação do seu primeiro vídeo-álbum.
Com trajetória de ousadia e coragem, a artista se mantém atual e aberta a novas tendências, transitando, também, pelo rap e pelas experimentações com música eletrônica e incorporando temas relacionados ao feminismo e à valorização das religiões de matriz africana.
Até a data de hoje, portanto, vive entre álbuns, compactos, duplos, coletâneas, discos "ao vivo" e singles. São cento e vinte e um lançamentos durante setenta anos de carreira. Mais de dois discos por ano pela média. Soma-se a isso dois DVDs, setenta faixas com lançamento individual (antes da era Single) e cento e vinte e seis participações em projetos especiais, discos de outros artistas e trilhas sonoras de novela, série, filmes e audiovisual em geral.
A cantora faleceu no dia 20.01.2022, de morte natural na sua residência na cidade do Rio de Janeiro, sua morte acontece no mesmo dia da de Garrincha, com quem teve um relacionamento por 17 anos. O craque do Botafogo e bicampeão mundial pela seleção brasileira também morreu no dia 20 de janeiro, mas quase 40 anos antes: em 1983.
Texto Original:


Legislação Citada



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Informações Básicas

Regime de Tramitação Ordinária
Projeto
Link:

Datas:
Entrada 02/17/2022Despacho 02/22/2022
Publicação 02/23/2022Republicação

Outras Informações:
Pág. do DCM da Publicação 40 a 42 Pág. do DCM da Republicação
Tipo de Quorum MS Arquivado Sim
Motivo da Republicação Pendências? Não


Observações:



DESPACHO: A imprimir e à(s) Comissão(ões) de:
Comissão de Justiça e Redação, Comissão de Educação.
Em 22/02/2022
CARLO CAIADO - Presidente


Comissões a serem distribuidas


01.:Comissão de Justiça e Redação
02.:Comissão de Educação

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Blue right arrow Icon Envio a Consultoria de Assessoramento Legislativo. Resultado => Informação Técnico-Legislativa nº36/2022/202203/08/2022
Blue right arrow Icon Distribuição => Comissão de Justiça e Redação => Relator: VEREADOR WELINGTON DIAS => Proposição => Parecer: Pela Constitucionalidade, Verbal - Em Plenário híbrido04/28/2022
Blue right arrow Icon Distribuição => Comissão de Educação => Relator: VEREADOR CHICO ALENCAR => Proposição => Parecer: Favorável, Verbal - Em Plenário híbrido04/28/2022
Blue right arrow Icon Discussão Primeira => Proposição 1028/2022 => Encerrada04/28/2022
Acceptable Icon Votação => Proposição 1028/2022 => Aprovado (a) (s)04/28/2022
Blue right arrow Icon Discussão Segunda => Proposição 1028/2022 => Encerrada05/06/2022
Acceptable Icon Votação => Proposição 1028/2022 => Aprovado (a) (s)05/06/2022
Two documents IconBlue right arrow Icon Tramitação de Autógrafo; Envio ao Poder Executivo05/16/2022Vereador Felipe Boró
Blue right arrow Icon Ofício Origem: Poder Executivo => Destino: CMRJ => Comunicar Veto Total => 06/06/2022
Blue right arrow Icon Despacho => Veto Total => 1028/2022 => A imprimir e à Comissão de Justiça e Redação06/06/2022
Blue right arrow Icon Distribuição => Comissão de Justiça e Redação => Relator: VEREADOR INALDO SILVA => Veto Total => Parecer: Pela Rejeição ao Veto06/09/2022
Blue right arrow Icon Discussão Única => Veto Total 1028/2022 => Encerrada07/01/2022
Blue right arrow Icon Votação => Veto Total 1028/2022 => Rejeitado o Veto07/01/2022
Blue right arrow Icon Ofício Origem: CMRJ => Destino: Poder Executivo => Comunicar rejeição do Veto Total => 07/08/2022Vereador Felipe Boró
Blue right arrow Icon Ofício Origem: CMRJ => Destino: Poder Executivo => Encaminhamento para Publicação de Promulgação => 07/15/2022
Green right arrow Icon Resultado Final => 20220301028 => Lei 7470/202207/15/2022
Blue right arrow Icon Arquivo07/15/2022






   
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