Situado no bairro de Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, o Teatro Arthur Azevedo é um dos principais palcos da região, mas que hoje encontra-se em dificuldades, dada a situação do Governo do Estado.
Com toda sua história, que inclui espetáculos e cursos para a comunidade local, o Teatro é uma homenagem ao dramaturgo e jornalista Arthur Azevedo (1855-1908), um dos responsáveis pela construção do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Ao longo de seus cinquenta e três anos, artistas consagrados como Procópio Ferreira, Dercy Gonçalves, Jorge Dória, Eva Todor, Fernanda Montenegro e Stênio Garcia passaram pelo Arthur Azevedo. Além do teatro, a música brasileira também escreveu sua história neste palco, que já apresentou nomes como Raul Seixas, Gonzaguinha, Nana Caymmi, Djavan, Ivan Lins e Alceu Valença.
Mais do que uma expressão artística, o teatro é uma forma de expressão cultural, política e social que interfere diretamente na formação, no conhecimento e no senso crítico de quem o assiste. O homem sempre teve a necessidade de representar suas tristezas, angústias e alegrias externadas em forma de arte. Com o teatro de rua, essa arte, antes elitizada, tornou-se mais acessível para a parcela da população que não tem condições financeiras de ir ao teatro. O investimento em cultura possibilita oficinas, peças e apresentações não só em um espaço fixo, mas em praças, centros e bairros marginalizados.
O teatro é necessário e de suma importância para a formação e para o desenvolvimento do senso crítico sobre o que está acontecendo à sua volta. Além de ensinar, desenvolve o crescimento cultural de crianças e adultos. O contato com o teatro nem sempre se dá pela escola ou pela igreja, por isso a disseminação dessa arte é tão importante e de suma importância a presença da cultura em qualquer bairro. “Uma população sem cultura e sem arte é uma população que se torna violenta, miserável humanamente. Uma cidade sem arte se desumaniza”.
A municipalização deste Teatro permitirá um fomento maior das artes da região de Campo Grande e bairros vizinhos.
(*) Publicado por omissão no DCM nº 123, de 6/7/2017, pág. 33.