Além do câncer, Drauzio Varella também foi um dos pioneiros no Brasil no estudo da AIDS principalmente do sarcoma de Kaposi. Em 1989, iniciou um trabalho no presídio do Carandiru investigando a prevalência do vírus HIV nos detentos. Até 2002, ano em que o presídio foi desativado, trabalhou como médico voluntário no local. Varella chegou a idealizar uma revista em quadrinhos, O Vira-Lata, como parte do plano de prevenção da AIDS na cadeia.
Atualmente, apoiado pela Universidade Paulista e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), dirige no Rio Negro um projeto de bioprospecção de plantas brasileiras, buscando obter extratos para testar experimentalmente no combate ao câncer e a bactérias resistentes a antibióticos.
Em 1986, sob orientação do radialista Fernando Vieira de Mello, iniciou campanhas nas rádios com o intuito de esclarecer a população sobre a AIDS e métodos de prevenção. Com esse projeto, Varella trabalhou na Jovem Pan 2 FM e depois na 89 FM de São Paulo. Também apresentou por alguns anos, diariamente na Rádio Bandeirantes de São Paulo o "Espaço Saúde", em que descreve doenças, seus sintomas e, principalmente, formas de prevenção.
Na televisão, seu trabalho mais conhecido é o na Rede Globo, onde apresenta diversos quadros na área de saúde no programa Fantástico, falando sobre o corpo humano, o tabagismo, primeiros socorros, gravidez, obesidade e transplante de órgãos. Além da Rede Globo, ele trabalha ainda em outras emissoras, como o Canal Universitário e a TV Senado, nos quais entrevista especialistas e discute assuntos de saúde em diversas áreas. Na internet, Drauzio faz grande sucesso com seu canal no YouTube, abordando temas atuais tanto na área da saúde como no aspecto social.
Em agosto de 2021, foi lançado no Brasil o documentário Encarcerados que é um complemento as audiovisuais do Dr. Drauzio Varella.
Além das campanhas de prevenção, Drauzio Varella também é um escritor de ficção e não ficção. Lançado em 1999, o livro Estação Carandiru, que conta sobre seu trabalho com os presidiários do Carandiru, virou best-seller e recebeu o Prêmio Jabuti na categoria "não-ficção" na edição do ano 2000. Em 2003, a obra ganhou as telas do cinema num filme do diretor Hector Babenco, com Rodrigo Santoro como protagonista. Seu outro livro, Nas ruas do Brás, foi premiado na Feira Internacional do Livro de Bolonha, na Itália e também na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, em 2001, na categoria "revelação de autor de literatura infantil". Já Florestas do Rio Negro foi indicado ao Prêmio Jabuti em 2002.
Em 2012 lançou o livro Carcereiros, que conta seus relatos trabalhando como médico voluntário no Carandiru.
Em 2015 lançou Correr - o exercício, a cidade e o desafio da maratona, também pela Companhia das Letras, traz informações médicas e sua experiência em maratonas, tendo decidido começar a treinar para a Maratona de Nova York. Drauzio pratica a modalidade há mais de 20 anos, e mesmo que não considere um prazer, afirma que é a atividade é uma necessidade para manter a saúde.
Em 2017 lançou o livro Prisioneiras, publicado pela Companhia das Letras, que conta seus relatos e conclusões trabalhando como médico voluntário na Penitenciária Feminina da Capital, em São Paulo.
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