Dia 24 de junho é Dia Mundial de Prevenção de Quedas, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e incorporada ao Calendário da Saúde do Ministério da Saúde (MS) para alertar especialmente idosos sobre o risco de queda, que representa hoje um grave problema de saúde.
Estima-se que um a cada três idosos caem por ano no Brasil, 50% destes ficam com a mobilidade reduzida e de 5% a 10% sofrem alguma fratura. Devido a esta alta prevalência na população idosa, muitos acreditam ser normal do processo do envelhecimento, e subestimam este evento, inclusive alguns profissionais da saúde.
Pesquisas apontam que 20% dos idosos que caíram, um ano depois, estavam internados em hospital, institucionalizados ou morreram. Isto repercute diretamente na condição física, emocional e social dos idosos, aumentando a necessidade dos cuidados pela família, a utilização de serviços de saúde e de assistência social, o que também impacta nos serviços públicos.
O Relatório Global da OMS sobre prevenção de Quedas para a pessoa idosa (2007) relata que com ao avançar da idade, idosos acima dos 70 anos, a frequência é de 32% a 42%.
Segundo a Sociedade de Brasileira de Geriatria e Gerontologia, as causas da queda são multifatoriais. Os fatores extrínsecos, como os ambientais, são uma das principais causas das quedas, como exemplo: piso escorregadio, sapatos inadequados, tapetes, calçadas sem manutenção, etc. Os fatores intrínsecos (biológicos) estão relacionados ao próprio indivíduo que cai: doenças, interações medicamentosas, alterações sensoriais (como perda visual e auditiva). Também são fatores de risco, os fatores comportamentais e socioeconômicos.
A Política Nacional do Idoso (Lei nº 8. 842, de 04 de janeiro de 1994) e o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003) reforçam a importância de implementar ações de prevenções e cuidado integral à pessoa idosa.
Por fim, o Ministério de Direitos Humanos juntamente com o Congresso Nacional declararam que 2018 é o Ano Nacional de Valorização e Promoção dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa e será um marco temporal para estimular o desenvolvimento e a adoção de ações concretas em prol das pessoas idosas.
Diante da importância do assunto, precisamos de fato dar a atenção devida às quedas dos idosos e a população precisa ser mobilizada para conhecer, identificar e buscar orientação de profissionais qualificados. Ações multidisciplinares de promoção de saúde e prevenção de agravos, relacionado às quedas dos idosos, através de eventos públicos de conscientização da sociedade, distribuição de materiais educativos impressos, por meios eletrônicos, dentre outros, precisam ocorrer no calendário municipal, favorecendo a conscientização e atenção da população em geral para este agravo.