Nascido na cidade de Porto Alegre/RS em 09 de janeiro de 1960, Carlos Eduardo Gouvêa Basília é Psicólogo e ativista Social, formado em 1990 pela Faculdade de Humanidades Pedro II (FAHUPE).
Atuando na área social desde 1988, Carlos Basilia entrou para o IBISS - Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social, organização não governamental onde trabalha até hoje, no ano de 1989, atuando inicialmente como educador social em ações de educação, saúde preventiva e defesa de direitos junto à jovens do sexo masculino envolvidos na prostituição de rua na cidade do Rio de Janeiro (PROJETO PROGRAMA), trabalho que lhe rendeu convite para atuar como pesquisador de campo no Estudo Transcultural promovido pela Organização Mundial de Saúde e Instituto de Medicina Social/ UERJ, junto a jovens envolvidos na prostituição masculina de rua e clientela. 1991 a 1994.
Por conta de sua prática no trabalho de abordagem nas ruas, pouco tempo depois foi convidado pela Instituição Cruzada do Menor, para compor a equipe que implantou o Projeto Meninos do Rio, atuando junto a crianças em situação de rua na zona sul do Rio de Janeiro, mais especificamente Copacabana e Leblon, onde trabalhou na implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA e no enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes. Nessa oportunidade atuou como pesquisador de campo no Estudo de contagem da população de rua. Iniciando esse trabalho enquanto educador social de rua, logo assumiu a coordenação adjunta do projeto onde permaneceu de 1990 a 1993.
Em 1993, a convite do Ministério da Saúde, atuou enquanto consultor técnico junto a Projetos de Prevenção às DST/Aids apoiados pelo Programa Nacional de DST/Aids no norte e nordeste do Brasil.
Em 1995, atuou enquanto professor do Curso de Formação de Educadores Sociais na Área da Infância e da Adolescência, sobre os temas sexualidade e uso/abuso de drogas, promovido pelo IPÊ - Espaço de Investigação e Pesquisa em Educação (IBISS).
Em 1996, por conta de uma ampla mobilização nacional em prol da defesa de crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração, participou ativamente da articulação junto a outros atores sociais no Rio de Janeiro e, pouco tempo depois, foi eleito coordenador do Fórum Permanente de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes no Estado do Rio de Janeiro. Por conta do seu trabalho, foi indicado pelo Comitê Nacional, instância vinculada ao Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) , enquanto coordenador da região sudeste. Ainda frente ao Fórum, participou de forma decisiva na discussão, elaboração e publicação do Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes do Estado do Rio de Janeiro.
Em 1999, a convite do Conselho Regional de Psicologia - 5ª Região, se torna membro Efetivo da Comissão de Direitos Humanos.
Em 2001, já sensível aos impactos da tuberculose junto aos segmentos mais pobres da população, ajudou a implantar o Projeto Catadores da Vida (IBISS), que, junto às DST/Aids, também propunha uma série de ações de promoção da saúde e prevenção dirigidas aos catadores de lixo e material reciclável no centro da cidade do Rio de Janeiro.
Em 2003, já inserido nessa discussão sobre a tuberculose, deflagrou uma ampla mobilização no Estado do Rio de Janeiro que deu origem ao Fórum Estadual de ONGs na Luta contra a Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro, onde é eleito para exercer por duas gestões consecutivas o papel de Secretário Executivo e representante do Fórum onde atua de forma efetiva até hoje.
Em agosto de 2003 participa da criação do Fórum Estadual das ONG´s no Combate a Tuberculose do Rio de Janeiro. Dessa atuação junto ao Fórum, foi convidado, por diferentes instâncias governamentais e não governamentais, tanto no Brasil como no exterior, a participar da retomada da luta contra a tuberculose, tornando-se uma referência nessa área e atuando no processo de criação e implantação do Projeto Fundo Global Tuberculose Brasil, para o desenvolvimento de ações de enfrentamento à coinfecção Tuberculose e HIV/Aids em 11 regiões metropolitanas do Brasil,
Em 2004, participou da criação da Parceria Brasileira Contra a Tuberculose - Stop TB Brasil, instância nacional que envolve gestores, universidades e sociedade civil em ações de combate à tuberculose no Brasil, tendo exercido o cargo de Secretário Executivo e representante da Parceria por quatro anos.
Em especial na implantação dos comitês metropolitanos e na assessoria do planejamento do objetivo 2 – Fortalecimento das atividades de Mobilização Social, Informação, Educação, Comunicação e Advocacy, e na proposta inovadora do “DOTS COMUNITÀRIO”. em tuberculose.
Nesse período ocupou a vice-presidência do Mecanismo Coordenador de País (MCP), órgão máximo vinculado ao Ministério da Saúde para o monitoramento das ações desse projeto no Brasil.
Carlos Basilia faz parte também, desde 1993, do Conselho Diretor do Centro de Educação Sexual (CEDUS), onde coordenou o Projeto Guaratiba, prevenção as DST/AIDS junto as comunidades empobrecidas desenvolvido em parceria com a CN/ DST/ AIDS - Ministério da Saúde junto a jovens de Pedra de Guaratiba/ RJ.
A partir desses papéis e representações, vem trabalhando de forma a dar maior visibilidade, ao tema TB/HIV/AIDS, criar espaços de interlocução junto aos atores estratégicos na definição das políticas públicas e sensibilizar e mobilizar os diferentes segmentos sociais para a construção de parcerias e respostas inovadoras no controle da epidemia.
Conferencista, delegado e Consultor em diversos seminários e congressos para assuntos relacionados à Tuberculose, DST/AIDS, infância e adolescência, drogas, violência e sexualidade.
Seu interesse pessoal e profissional tem sido dirigidos a grupos historicamente excluídos e marginalizados pelas políticas públicas, e sua atuação focada na estratégia da promoção em saúde, na defesa dos direitos humanos e sociais (Advocacy), e na participação e empoderamento (empowerement) comunitário.
Enquanto militante e articulador político do movimento social de luta pela saúde pública, tem participado das principais discussões e ações de mobilização, buscado o intercambio entre as diversas experiências e realidades, a troca de metodologias e estratégias inovadoras, a oportunidade de uma reflexão/revisão sobre as práticas de trabalho, o aprendizado coletivo e o fortalecimento da rede social em TB/HIV/AIDS.