Professor Amed foi vereador no Rio de Janeiro (PDT) por duas legislaturas e escritor, estando entre suas obras “O estado da terra e dos povos: a visão dialética”.
Foi diretor do Sinpro-Rio e atuou como tesoureiro da Federação Interestadual de Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Fitee) entre os anos de 1959 e 64 e no Conselho Fiscal do Sinpro-Rio nos mandatos de 1959-61 e de 1963-65, o “comunista histórico não institucionalizado”, como costumava se autodefinir, adotou como sua a cidade o Rio de Janeiro, mesmo tendo nascido no Amazonas, em 1933.
Emir Amed participou da Primeira Caminhada dos Professores, na orla de Ipanema, no dia 18 de abril de 2010. Envolvido nas questões da Amazônia, devido às raízes, o professor universitário de Geopolítica teve, recentemente, importante papel na eleição da presidente Dilma Rousseff, a quem apoiou publicamente.
Sempre independente e idealista, permaneceu alheio aos detratores direitistas e esquerdistas. Esteve com Prestes em todas as instâncias e tornou-se interlocutor de Brizola e Fidel Castro que o recebia em Cuba como amigo. Seu coração pulsava muito forte pelo Partido Comunista Brasileiro, pelo Sindicato dos Professores e por sua família - Laura, Fábio e Fabíola.
Como vereador, eleito exclusivamente por seus alunos, dedicou-se à preservação do patrimônio histórico do Rio.
Era chamado de “turco” com prazer, pois amava os discriminados pelo Ocidente Cruzadista - árabes, judeus e turcos.
Faleceu aos 80 anos, em março/2011. Era amazonense de origem árabe e alma comunista. Como poucos, defendeu os ideais marxistas-leninistas, dos quais foi grande e coerente conhecedor. Professor de História e Geografia moveu legiões de jovens no caminho da conscientização política e da cidadania. Além do essencial, o magistério apaixonado, brilhante e iluminado para milhares de alunos, deixou importantes contribuições na atividade sindical e político-partidária.