Comissão Permanente / Temporária
TIPO : AUDIÊNCIA PÚBLICA

Da COMISSÃO DE ASSUNTOS URBANOS, COMISSÃO DE ESPORTES LAZER E EVENTOS

REALIZADA EM 06/11/2024


Íntegra Audiência Pública :

COMISSÃO DE ESPORTES, LAZER E EVENTOS
COMISSÃO DE ASSUNTOS URBANOS

ÍNTEGRA DA ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA CONJUNTA REALIZADA EM 11 DE JUNHO DE 2024

(Projeto de Lei Complementar nº 142/2023)


Presidência do Sr. Vereador Eliseu Kessler

Às 19h28, em 2ª chamada, no Estádio Vasco da Gama, Av. Roberto Dinamite, 10, em ambiente híbrido, sob a Presidência do Sr. Vereador Eliseu Kessler, Presidente da Comissão Permanente de Assuntos Urbanos com a presença dos Srs. Vereadores Zico, Vogal da Comissão Permanente de Assuntos Urbanos e Presidente da Comissão de Esportes, Lazer e Eventos; e do Vereador Marcio Ribeiro, Vice-Presidente da Comissão de Esportes, Lazer e Eventos para discutir o Projeto de Lei Complementar nº 142/2023 que “institui a Operação Urbana Consorciada do Estádio de São Januário, no bairro Vasco da Gama, estabelece diretrizes urbanísticas para a área de abrangência delimitada na operação, permite a transferência do direito de construir, permite a construção elevada sobre o embasamento da sede náutica da Lagoa, institui conselho consultivo e dá outras providências”, de autoria do Poder Executivo.


O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Senhoras e Senhores, boa noite.
Nos termos do Precedente Regimental nº 43/2007, dou por aberta a Audiência Pública Conjunta, em ambiente híbrido, da Comissão Permanente de Assuntos Urbanos e da Comissão Permanente de Esportes, Lazer e Eventos para discutir o PLC nº 142/2023, que “institui a Operação Urbana Consorciada do Estádio de São Januário, no bairro Vasco da Gama, estabelece diretrizes urbanísticas para a área de abrangência delimitada na operação, permite a transferência do direito de construir, permite a construção elevada sobre o embasamento da sede náutica da Lagoa, institui conselho consultivo e dá outras providências”, de autoria do Poder Executivo.
A Comissão de Assuntos Urbanos está assim constituída: Vereador Eliseu Kessler, Presidente; Vereadora Teresa Bergher, Vice-Presidente; Vereador Zico, Vogal.
A Comissão de Esportes, Lazer e Eventos está assim constituída: Vereador Zico, Presidente; Vereador Marcio Ribeiro, Vice-Presidente; Vereador Marcelo Arar, Vogal.
E para constatar o quórum necessário à abertura da Audiência, farei a chamada dos membros presentes.
Vereador Eliseu Kessler, esse que vos fala, presente.
Vereador Zico.

O SR. VEREADOR ZICO – Presente.

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Da Comissão de Esportes, Lazer e Eventos, Vereador Zico, Presidente.

O SR. VEREADOR ZICO – Presente.

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Pela ordem, Vereador Marcio Ribeiro, Vice-Presidente.

O SR. VEREADOR MARCIO RIBEIRO – Presente, presidente.

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Muito obrigado, vereador.
E, para constatar o quórum necessário à abertura da audiência, já foram constatadas as presenças.
Quero fazer o registro da presença da Mesa.
Está à minha esquerda o Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Vereador Carlo Caiado; Senhor Vereador Zico; Senhor Vereador vascaíno Alexandre Isquierdo; Senhor Subsecretário da Subsecretaria Executiva da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Thiago Ramos Dias; Senhor Presidente do Vasco da Gama, Pedro Paulo de Oliveira – Pedrinho; Senhor Sérgio Dias, engenheiro e urbanista responsável pelo projeto do Novo São Januário; Vereador Paulo Pinheiro e Vereador Willian Coelho.
Gostaria de registrar também a presença do Vereador Pedro Duarte, que está aqui conosco, e do Vereador Luiz Ramos Filho.
Assim está então a Mesa constituída, mas quero fazer, com muito prazer, o registro da presença de autoridades que estão aqui conosco também.
Senhor Marcelo Macedo, Vice-Presidente da Integração do Clube de Regatas Vasco da Gama; Primeiro Vice-Presidente do Clube de Regatas Vasco da Gama, Senhor Paulo César Salomão Filho; Segundo Vice-Presidente do Clube de Regatas Vasco da Gama, Senhor Renato Brito Neto; Vice-Presidente de História e Responsabilidade Social do Clube de Regatas Vasco da Gama, Senhor Rafael Pulga; Senhor Cristiano Botinha, Vice-Presidente de Esporte do Clube de Regatas Vasco da Gama; Senhor Williams Pereira Júnior, Vice-Presidente de Patrimônio do Clube de Regatas Vasco da Gama; Senhor Felipe Siqueira, Vice-Presidente de Comunicação do Clube de Regatas Vasco da Gama; Senhor João José Riche, Presidente do Conselho Deliberativo do Clube Vasco da Gama; Excelentíssimo Senhor Chiquinho da Mangueira, Deputado Estadual do Rio de Janeiro; Sorato, ex-jogador do Clube Vasco da Gama; Senhor Luiz Serafim, Subsecretário de Trabalho da Prefeitura do Rio de Janeiro; Senhor Marcelo Paiva, representando o grupo voluntário pela revitalização do entorno de São Januário; Senhor Aleen Martinez, Presidente da Associação de Moradores do Café; Senhor Jaime Ribeiro, Vice-Presidente da Assembleia Geral do Vasco; Senhor Alan Balaciano, Presidente da Assembleia Geral do Vasco; Senhora Vânia Rodrigues, Presidente da Associação de Moradores da Barreira do Vasco; Elso Mickey, Presidente da Associação de Moradores do Parque Herédia de Sá; Vinícius Brito, Vice-Presidente da Associação de Moradores do Café; Marcelo Lessa, Vice-Presidente da Associação de Moradores do Tuiuti; Marcela Miranda e Ravel Santos, Diretores da Associação de Moradores do Tuiuti; Marcelo Ferreira, Presidente da Associação de Moradores do Parque Arará; Professor Mimo, líder comunitário do Arará; Denise Mendonça, representante da Fundação Leão XIII; Sabrina Mendes, conselheira tutelar e Presidente do Instituto Araras; Laís Soares, representante da ONG Mudando o Foco; Sérgio Peres, Presidente da Associação Prefeito Mendes de Moraes; Ricardo Barros, Vice-Presidente da Associação Prefeito Mendes de Moraes; Pastor Anderson, da Igreja Batista Nova Jerusalém.
Quero passar a palavra ao Excelentíssimo Senhor Secretário Municipal Thiago Dias para fazer a apresentação do Projeto do Executivo.

O SR. THIAGO RAMOS DIAS – Obrigado, Presidente. Boa noite a todos.
É uma felicidade estar aqui conversando com essa plateia selecionada, com a presença de tantas lideranças. Cumprimentando a todos na pessoa do Presidente, do Presidente da Câmara.
A gente decidiu não entrar em detalhes muito específicos sobre a transferência do potencial, os padrões receptores. Acho que o foro aqui diz mais respeito e faria mais sentido se nós falássemos das contrapartidas que o Club Vasco da Gama vai receber com essa operação.
Precisamos fazer uma pequena introdução, dizendo que essa operação é pensada pela Prefeitura do Rio no sentido de um movimento urbano mais amplo, que é a contenção do crescimento da cidade para as suas bordas, nas regiões menos infraestruturadas, em que por iniciativa do Prefeito Eduardo Paes, nós passamos a conter esse crescimento em regiões ambientalmente mais frágeis, com menos infraestrutura, menos transporte e menos oferta de serviços públicos. Pensamos essa operação tentando casar duas necessidades: ajustar esse movimento e não ir contra ele e dar mecanismos ao Club Vasco da Gama para que ele possa legar à cidade um equipamento público, como o estádio de São Januário, com a qualidade que a torcida e o povo carioca merecem.
Vou passar a palavra em breve para o nosso colega Sérgio Dias, que vai apresentar mais detalhes dessa operação. Estou à disposição para tirar dúvidas, principalmente sobre as contrapartidas no entorno. Tenho certeza de que surgirão dúvidas sobre isso, como o plano da operação contempla as comunidades cujas lideranças estão aqui presentes. Acho que seria mais interessante começarmos pelo plano de requalificação do equipamento centenário que é o estádio de São Januário.
Por favor, Sérgio.

O SR. SERGIO DIAS – Boa noite a todos.
Gostaria de cumprimentar a Mesa: Presidente Eliseu, Presidente Caiado, Secretário Thiago, demais vereadores, vascaínos e vascaínas. É uma honra estar aqui ao lado do presidente Pedrinho, nesse local em que ele conhece cada palmo. Começou aqui, isso tudo é simbólico. É o nosso destino.
Vou agora apresentar o projeto do Vasco. Para falar do projeto do Vasco, precisamos ficar de pé. Bom, o Vasco é história, e nossa história começa em 1923 quando, pela primeira vez, esse clube conquistou o primeiro campeonato da sua história com os Camisas Negras. Por essa vitória de ascensão surpreendente de pessoas humildes e trabalhadoras, nós conquistamos o primeiro campeonato carioca da nossa história em 1924. Logo em seguida, sofremos uma grande retaliação, que é bastante conhecida, e houve a famosa etapa dos Camisas Negras.
O Vasco foi eliminado da Liga por ter atletas de “origem duvidosa” e por não ter estádio. Foi dada ao Vasco uma opção: ou continuava na Liga, mas tirava aqueles atletas que foram os campeões, de origem duvidosa, ou se retirava da Liga. O Vasco teve a primeira manifestação de resposta à altura, dizendo: "Eu saio da Liga porque não abandono meus atletas que são a minha origem”. Os atletas eram pobres, suburbanos, negros, alguns eram analfabetos. Por isso a discriminação de tirá-los da competição. Então, foi feita uma carta histórica, assinada pelo presidente José Augusto Prestes. É uma carta famosa, o primeiro documento antirracista de todo o movimento esportivo do Brasil.
A nossa geração de antecessores se mobilizou e 10 mil vascaínos naquela época, sem comunicação, sem televisão, sem rádio, sem WhatsApp, sem internet, 10 mil pessoas compraram esse terreno de São Januário por iniciativa privada desse grupo, aí já mostrava o espírito vascaíno de superação. Esses 10 mil antecessores anônimos – não tem o nome de nenhum deles – conseguiram dar o primeiro passo para o sonho e orgulho da nossa da nossa agremiação.
Em seguida, outros tantos compraram debêntures, que eram títulos de capitalização financeira, e com 200 mil contos de rés construíram esse estádio, nossa propriedade. É tudo nosso. Não teve nada doado, foi tudo comprado por essa primeira geração de vascaínos, cinco gerações atrás. Muito nos orgulhamos e temos a honra e o dever de continuar essa caminhada. O Vasco consegue financiamento, o maior estádio da América Latina. A gente não fez apenas um estádio para cumprir tabela, nós fizemos o maior dos estádios da América Latina, e com certeza o mais bonito até hoje. Esse estádio, então, tornou-se um elo, coisa que a gente fala no nosso hino. Essa é a nossa representação territorial da união dos vascaínos, aqui é a nossa nação.
Em 1924... O projeto de lei que estamos discutindo agora viabiliza a realização da ampliação do estádio de São Januário. É uma reforma com ampliação e torna-se, de novo, um marco de engrandecimento e superação do clube, mais um movimento de superação. A nossa fachada histórica está preservada não só por lei, mas também pelo projeto, e é um grande orgulho nosso. Essa é a visão principal da nossa característica do projeto. As principais premissas do projeto: valorização e preservação da fachada, ampliação da capacidade do estádio, integração ao entorno, modernização, conforto, segurança e conceitos de sustentabilidade.
Aqui nós temos a projeção da fachada sul, ao lado da fachada histórica, que é um prédio com características diferentes da arquitetura da principal fachada. Teremos espaço para eventos e convenções, restaurante temático, administração do nosso clube concentrada e moderna, camarotes, frisas e estacionamento. A fachada norte é irmã, tem a parte toda histórica onde tem o museu, a megaloja integrada ao restaurante temático, sala de troféus, museu e estacionamento.
Em 1989, o mundo assistiu a uma revolução social e humanística que foi a derrubada do muro de Berlim, o muro que dividia uma cidade em duas – uma parte oriental e uma parte ocidental. Essa derrubada unificou o país e o transformou de novo num orgulho. Estamos trazendo essa imagem para também demonstrar um gesto forte do nosso projeto, que é a derrubada do muro da Barreira. Esses são os atuais muros. E não é só o Vasco, qualquer estádio, qualquer clube tem seus muros para separar a parte privada do clube com a área urbana. O nosso projeto propõe a derrubada dos muros em 2027 ou 2026, quando esse projeto estiver pronto.
Aqui é a demonstração da fachada. A gente grava em pedra a carta histórica, que foi a importância da nossa resposta para a luta contra o racismo e contra a discriminação social.
Nas ruas periféricas, onde há um desnível entre a rua e a esplanada, nós teremos a galeria dos nossos ídolos, aqueles responsáveis pela nossa paixão, por nossas vitórias, por nossas glórias. A gente vai fazer homenagem a todos eles.
Essa é a vista aérea da esplanada, aí a gente fala da integração. Nós estamos integrando 12.000 m² de propriedade do clube com a área externa, com acesso total via rampas de acessibilidade universal. Durante os dias comuns, é um espaço comunitário de lazer, de esporte, de integração com os vizinhos. Nos dias dos jogos, é um espaço de concentração e dispersão de torcidas. A partir da projeção da faixa da empena da fachada, tem-se o controle de catracas e acesso ao estádio.
Aqui é a fachada leste, com nosso símbolo, nossa Cruz de Malta, e um trecho da esplanada em demonstração também.
Uma visão noturna. Vamos ter um projeto de iluminação cênica de grandes efeitos, que fará um segundo estádio – um de dia e outro de noite.
Aqui o detalhe da fachada. É importante porque nós falamos de sustentabilidade. Toda a fachada é permeável aos ventos. Ela será constituída de painéis metálicos de alumínio, vazados, como os azulejos portugueses que existem nas nossas paredes internas. Isso permite uma aeração, um conforto térmico, uma qualidade de conforto térmico e uma redução do calor do estádio.
Acesso de torcida visitante. Sempre receberemos os nossos adversários com respeito e consideração. Todos os detalhes são planejados para que tenhamos o melhor estádio em conforto e segurança do Brasil.
Aqui uma visão aérea. Podemos ver a formatação do telhado, que contém 7.000 placas fotovoltaicas. Isso permite a sustentabilidade energética. Vamos produzir a nossa energia e até vender a energia para terceiros, gerando receita para o estádio. É um estádio totalmente adaptável a energias de células fotovoltaicas. Também uma parte grande dessa cobertura terá iluminação em vidro, iluminação natural, permitindo a melhor qualidade do gramado.
Aqui uma visão olhando para o setor social, onde a fachada é toda mantida. Esta estrutura é toda construída e mantida, e onde você tem os pilares tradicionais que sustentam a marquise, a cobertura desse setor. Serão implantados três níveis de camarotes com conforto. Esses camarotes serão vendidos, garantindo a sustentabilidade econômica para a associação. Nesse setor serão 49 camarotes suítes, com 45 m² por camarote, 703 lugares, elevadores exclusivos, quatro vagas privativas de automóveis por camarote, três lounges, sendo um por andar. Esse camarote será vendido e gerará receitas de manutenção eterna para a associação. Aqui é um corte mostrando os três níveis de camarote, com as varandas, e aqui é uma vista interna de um camarote. Ele tem banheiro privativo, um bar com geladeira, micro-ondas e todos os equipamentos, ar-condicionado e uma área de estar que acessa a varanda, onde você tem a melhor visibilidade do campo. Aqui uma visão do setor sul olhando para o norte, com aspecto das arquibancadas. E nós temos uma característica fundamental nesse projeto, que 70% da nossa capacidade é destinada ao público em pé, com custo social. Mais uma vez, o Vasco atende a sua raiz, de ter seu projeto destinado 70% para a sua comunidade, para a sua população, para os seus associados de menor poder aquisitivo.
Aqui temos uma visão panorâmica do estádio com os seus setores. O setor da esplanada, em volta, temos uma torre esportiva. Todas essas situações de estádio, ginásios e instalações esportivas serão concentradas numa torre esportiva que abrigará todas as modalidades do clube. A manutenção do parque aquático, com a sua renovação, as torres administrativas, as torres históricas e o espaço social, para que o nosso associado possa frequentar o clube não apenas para assistir a um jogo ou para ser um atleta, mas para frequentar o clube como um clube, com suas piscinas, playgrounds, academia, área de recreação e quadras pré-esportivas.
Aqui, uma vista aérea do empreendimento com alguns cortes por andar. A vista dentro do campo, olhando para o interior da arquibancada – e uma coisa interessante é a aproximação da arquibancada com o gramado. Hoje em dia, temos um afastamento, por conta da curvatura da ferradura, de 40 metros. Ou seja, o espectador mais próximo fica a 40 metros do campo, e com essa formatação ele ficará a 10 metros do campo. Então, se já somos um caldeirão, nosso caldeirão será ampliado. Aqui tem uma referência das golas de acesso com as golas dos Camisas Negras, é uma referência histórica em homenagem aos primeiros campeões.
Aqui, a demonstração do que falei sobre a aproximação das arquibancadas junto ao gol, formando essa pressão. E todo o projeto terá uma acústica de reprodução, de ampliação dos nossos gritos, das nossas vozes, inclusive com um projeto de sonorização eletrônica de grande qualidade, o que será um grande diferencial em relação aos projetos convencionais. Aqui, a vista de um degrau da arquibancada em relação ao campo para você sentir como ficaremos perto, coitado desse goleiro.
Aqui, uma visão geral. Aí a bola na marca do pênalti, são panorâmicas.

Os banheiros: esse é um banheiro popular, não é banheiro social. Todos os banheiros serão reformados com grande qualidade, com material de primeira, sem distinção entre arquibancada social e popular. Aqui, um espaço para pessoas especiais, com transtorno do espectro autista, que precisam de instalações especiais. Vamos receber essas pessoas com muito carinho e nós vamos dedicar espaços para que eles possam acompanhar nosso clube de coração, que é outra visão desse espaço.
Aqui, a vista das cadeiras cativas, que serão vendidas e gerarão uma receita econômica forte para o estádio.
Vista das duas torres, na visão da arquibancada. Vista do social.
Nossa capela Nossa Senhora das Vitórias, mantida, não poderia deixar de estar. Com acesso na localização em que está, próxima da torre esportiva.
A escola, que será mantida, evidentemente, e ampliada. Temos planos para isso. O presidente estava conversando sobre isso. Isso é o orgulho da agremiação, da associação, ter o Colégio Vasco da Gama.
Aqui a torre esportiva de treinamento. Não é uma torre de competições, é uma torre de treinamento, em que você tem ginásio poliesportivo, no padrão desse aqui, com futsal, quadras específicas de futsal, vôlei e basquete, lutas, ginástica e outros equipamentos esportivos.
Aqui o setor da área social, que o associado poderá frequentar com sua família e suas crianças e aproveitar a piscina, deques, pilotis e coisas desse tipo.
Mais uma vez, a visão externa, com o aproveitamento da praça. Está sendo debatido e discutido o destino que daremos a esse espaço.
Aqui o projeto do Vasco inserido na comunidade, inserido no tecido público, no tecido urbano, que a gente não tem nenhuma vergonha. Ao contrário, temos orgulho de estar dentro de comunidades como é nossa essência, como é a imagem do nosso clube.
Uma visão interna, com nossa torcida gritando e torcendo por nosso clube, com as vitórias a que assistiremos.
A capacidade total é de 47 mil. Saímos de menos de 20 mil espectadores e mais que dobramos, para 47.300. Na arquibancada em pé, 32.700 lugares, 70% do estádio com torcida em pé e preços populares.
Aí é a descrição de números, vamos passar rápido. São 1.400 vagas de estacionamento dentro do estádio, mais que no Maracanã. A área do terreno é de 70.000 m2, uma área de construção de 380.000 m2. O custo estimado da construção é de R$ 506 milhões.
São Januário, nosso caldeirão, em festa no dia da inauguração, ao qual eu gostaria muito de estar presente, com vocês todos.
Muito obrigado, Presidente.
(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Gente, merece palmas mais calorosas. Um projeto desses não é para qualquer arquiteto, não é para qualquer engenheiro.
Quero, com muito prazer, registrar a presença do Rodrigo Dinamite, filho do eterno ídolo Roberto Dinamite; do Senhor Acácio, histórico goleiro do Vasco; do Cabo Daciolo, ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro. Ex-jogador do Vasco, Fabrício Carvalho. Sejam bem-vindos.
Vou passar a palavra ao nosso presidente Pedrinho, do Vasco. Nós temos um tempo regimental de duas horas de Audiência Pública. Nós temos já alguns inscritos para fazerem uso da fala e vamos limitar a três minutos por integrante que for falar, até o limite das duas horas da nossa Audiência Pública.
Nosso presidente do Vasco, Pedrinho.

O SR. PEDRO PAULO DE OLIVEIRA – Eu quero agradecer a todos que estão aqui, ao Presidente Eliseu, ao Presidente Caiado, a todos os membros da Mesa, Isquierdo, por quem tenho um carinho muito grande, a todos os vereadores que têm ajudado a gente nesse projeto.
É muito simbólico a gente ter a última Audiência Pública dentro desta quadra. Vocês me perdoem a emoção. Eu cheguei aqui com seis anos de idade e, 40 anos depois, a gente está aqui com a oportunidade de ser um, de cada um daqueles 10 mil torcedores, para a reconstrução e modernização de São Januário. Na minha campanha, eu estive ali na Barreira – não é, Vaninha? – e falei pra ela: “Não vou te prometer porque não sou político. Eu vou cumprir, e pode acreditar que a gente vai fazer o estádio” – eu disse a ela.
Sei que isso vai interferir diretamente – depois que o estádio estiver pronto – na Barreira e nas outras comunidades aqui próximas. Eu me emociono muito, porque lembro exatamente: daquele lado ali ficava o meu pai assoviando, quando eu estava desligado no jogo, para eu acordar, com seis anos de idade. E 40 anos depois eu estou aqui, triste em saber que essa quadra não vai mais existir, triste em saber que esse estádio emblemático vai ser modificado, mas também feliz por saber que é muito melhor para vocês, para cada um de vocês, torcedores. É por isso que estou aqui. Estou aqui porque sou um de vocês. Vocês podem acreditar que cada movimento que faço é pensando em vocês.
Vão ser dois anos e meio, por aí, de obra para dar uma estrutura melhor, e o Vasco ainda vai ficar pequeno para nossa torcida. Mas vocês merecem tudo de melhor. Eu me sinto muito honrado de fazer parte desse projeto com muita gente que está envolvida. Desejo do fundo do coração que daqui a muitos anos, quando eu estiver mais velho, eu tenha a certeza absoluta de que tudo que estou fazendo é em prol de cada um de vocês, para o filho de vocês, para o neto de vocês. Porque eu fui criança aqui, fui adolescente, fui adulto, hoje já sou um homem e quero ser um idoso frequentando São Januário com o maior orgulho, assim como meu pai teve.
Obrigado a todos.
(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Vou passar a palavra também ao nosso Presidente querido, Carlo Caiado, Presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

O SR. VEREADOR CARLO CAIADO – É isso aí, galera, boa noite. Carlo Caiado, vereador, Presidente da Câmara, tricolor, juntamente com o Eliseu.
Quero cumprimentar toda a bancada vascaína, o Zico; o Isquierdo, que nos lidera na Câmara nesse projeto importante; o nosso grande Willian Coelho, nosso atacante do time da Câmara Municipal – nós temos um time de futebol também muito forte, já jogou muito aqui em São Januário; Pedro Duarte, também vascaíno; Paulo Pinheiro; meu amigo tricolor Luiz Carlos Ramos. Cumprimento, representando o Prefeito da cidade, o Thiago, que tem sido incansável nessa relação. Os poderes são independentes, mas são harmônicos. Na harmonia, esse cara aqui está sempre presente. Sérgio Dias, parabéns pelo projeto. Você é um grande ícone para a nossa cidade. Eu sempre falo isso em todas as oportunidades. Muito obrigado por estar participando desse grande projeto.
E o Pedrinho, que é um ídolo de todos nós, é uma referência muito grande. A gente sabe, através da referência dele, o que representa para o nosso futebol brasileiro, aquilo em que a gente acredita no esporte como inclusão social. E queria cumprimentar aqui o Vaninha, em nome de toda associação de moradores, e todos que estão nos assistindo aqui no YouTube também. Nós temos já sei lá, milhares de vascaínos assistindo no YouTube. E queria cumprimentar todos os torcedores em nome do meu amigo João. Para você ver, o João, Pedrinho, é torcedor do Vasco e todo dia me perturba no telefone, todo dia manda WhatsApp. Ele mora lá em Guaratiba, está sempre na Câmara Municipal. Hoje, ele estava lá perturbando. Vai votar o projeto do Vasco hoje, não? Então, queria registrar o nome dele realmente é um vascaíno aí que está totalmente com vocês nessa luta.
Meus amigos, eu vou ser bem breve. Primeiro, dizer que até o Pedrinho nos provocou aqui um pouco na fala dele, com coração aberto. Mas ele falou de uma forma que geralmente, na sociedade, fala um pouco isso. Mas nós estamos aqui para poder demonstrar para você que a política tem compromisso e realiza mesmo os seus compromissos quando se faz uma política séria. O Pedrinho falou: "Pô, não sou político." Ele é político sim, é presidente, não pode prometer e tal. Mas ele se comprometeu em muitas coisas quando se candidatou a presidente do Vasco. Está agora motivado, imbuído para poder transformar o Vasco. Aqui é um caso nosso.
Inclusive, até mesmo nessa desconfiança, o Prefeito Eduardo Paes antes de enviar o projeto para a Casa, ele me ligou para uma reunião, Isquierdo, acho que você estava, logo depois saiu da sala dele, falou assim: "Caiado, vem aqui." Eu falei assim: "Prefeito, não posso agora." "Ah, vem aqui tal hora." "Mas qual assunto, Prefeito?" "Não vou te falar assunto, vem aqui." Aí chegou lá, o assunto era o Vasco. Falei: "Pô, eu sou tricolor, mas eu gosto do Vasco e é importante para cidade." Aí o Pedrinho foi numa reunião com o Prefeito, me liga do viva-voz do lado do Isquierdo: “Caiado, como que está esse projeto? Falei: "Pedrinho, fica tranquilo que o nosso compromisso é agilizar o projeto." E assim foi. Ele estava desconfiado da gente. O Pedrinho ficou desconfiado na ligação.
Mas assim foi, é uma demonstração aqui nessa introdução nossa, porque a gente entende que não só o Vasco que tem a sua importância, claro, apresentada inclusive pelo Sérgio Dias, mas o futebol é a paixão nacional. O futebol envolve o alcance social, o alcance de desenvolvimento econômico, de recursos públicos e, no caso nosso, na Cidade do Rio de Janeiro, é claro, isso.
E aqui assim que a gente recebeu o projeto na Câmara Municipal, nós montamos um cronograma e nós estamos cumprindo com muita motivação e afinco para que nesse primeiro semestre a gente espera, eu espero e todos os vereadores aprovarem nesse primeiro semestre.
Nós estabelecemos um cronograma, Pedrinho, que você tem acompanhado. Três audiências públicas, fizemos uma na Câmara Municipal, que muitos de vocês que estão aqui, estiveram presentes acompanhados da imprensa. Tivemos uma na Barra da Tijuca, onde tem na apresentação que o Thiago falou um pouco da transferência potencial construtivo, foi apresentado lá na Barra da Tijuca e hoje estamos aqui fazendo Audiência Pública no Vasco da Gama.
E qual o objetivo disso, da Audiência Pública? Primeiro lugar, a Câmara Municipal sempre busca ser transparente com a sociedade. Segundo lugar, nessa transparência, ter a participação de cada um de dar a sua opinião, porque agora a gente chega à fase final do projeto. Qual é a fase final do projeto? Assim que nós aprovamos em primeira discussão já, a Câmara sempre aprova em primeira discussão e em segunda discussão. E para aprovar em segunda discussão, cada vereador aqui que representa a sociedade carioca, vai poder apresentar a emenda para aperfeiçoar o projeto, não para prejudicar o projeto e esse é o objetivo.
E vamos escutar aqui, inclusive a gente recebe, o Pedrinho, obviamente, alguém deve perguntar aqui a ansiedade dos comerciantes que estão aqui do lado de fora que integram o estádio, como vão ficar? A gente conversou muito sobre isso. O Pedrinho, a primeira coisa que ele falou foi essa preocupação dele, todos vão querer saber disso. O Sérgio já esclareceu, em torno de três anos, o estádio fica pronto, como que a Prefeitura vai atuar depois, como que vai ser.
Então, o objetivo aqui da Audiência Pública, sem dúvida alguma, é a gente poder tirar as dúvidas, acolher as ideias que tem muitas que foram dadas na primeira audiência, na segunda, para que a gente possa, nesse primeiro semestre, esse é o nosso objetivo, juntamente com todos os vereadores que estão aqui com vocês, aprovar esse projeto e entregar o melhor estádio para o Vasco da Gama, o melhor estádio para a nossa cidade.
E o entorno, qualquer equipamento como esse, gera transformação. Aqui a gente tem uma localização, como o Sérgio falou, o nosso arquiteto Sérgio Dias, o orgulho muito grande das comunidades que estão aqui em volta, e essas comunidades são a essência do Rio de Janeiro. São pessoas trabalhadoras e assim o estádio sendo desenvolvido, o entorno vai se desenvolver mais ainda.
Então, gente, muito obrigado, Presidente Eliseu Kessler, o Zico pela oportunidade, contem com nosso apoio. Viva o Vasco! Viva a Cidade do Rio de Janeiro, viva o futebol brasileiro e carioca.
Muito obrigado.

(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Vereador Zico, com a palavra.


O SR. VEREADOR ZICO – Só uma saudação para todos os vascaínos.
Eu tinha visto que ninguém tinha falado do Fabrício Carvalho, que é lá da minha área, de Campo Grande, meu amigo, e do goleirão da minha época, Acácio, está ali, no cantinho, mas ele me deu muita alegria naquele time.
Só isso, um abraço a todos. Se Deus quiser, vamos votar isso quinta-feira.

(PALMAS)


O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Vereador Alexandre Isquierdo.


O SR. VEREADOR ALEXANDRE ISQUIERDO – Boa noite a todos.
Saudar aqui o Pedrinho, grande presidente; Sérgio Dias, engenheiro urbanista; Zico; Eliseu; nosso Presidente Caiado, que tem sido um parceiro, um entusiasta desse PL; Thiago, que tem sido um guerreiro, sempre pronto a nos ajudar; Willian Coelho; nosso vascaíno mais antigo, Paulo Pinheiro, sócio desde 57; Pedro Duarte; Luiz Ramos.
Saudar a Vaninha e, saudando-a, minha querida, saúdo todos os presidentes da Associação aqui do Café, Barreira do Vasco, Arará, Tuití; saudar o Fabinho; Marcelinho, da presidência da Força Jovem; Tovi, que eu estou vendo aqui; enfim, todas as torcidas.
Falo aqui, vou sair um pouquinho da figura de vereador e falar como torcedor do Vasco. Quero agradecer muito a Deus por este privilégio que todos os vereadores têm, Luiz, de poder fazer parte da história do Vasco da Gama. A gente votar e discutir e debater esse PL que foi enviado pelo prefeito Eduardo Paes é algo que vai ficar marcado na história e nas nossas vidas, independentemente do clube para o qual você torça. E eu, como vascaíno, me sinto muito honrado, Pedrinho, de poder fazer parte disso, eu que pude contribuir, junto com alguns vereadores, na conquista do nosso CT. Sempre tenho dito isso. A história do Vasco, vou pegar aqui uma palavra que o presidente Caiado falou, o Vasco é sinônimo de transformação, quando construiu aqui o São Januário, quando construiu o CT do Vasco na comunidade da Cidade de Deus, que é uma favela, e ali está o CT, e o Vasco chegou ali, trouxe vida, transformação, trouxe mudança para aquela região, e hoje a gente tem com muita honra um centro de treinamento que era um sonho não só dos jogadores, mas de toda a torcida do Vasco, porque traz dignidade.
Eu estava conversando com o presidente Pedrinho daquilo que ele tem sonhado ainda da reformulação do estádio, mas também do CT do Vasco. Então, a minha gratidão a todos que estão envolvidos. Pedrinho, eu me sinto muito honrado. E falei para ele: “Pedrinho, pode contar com os vereadores, com a Câmara Municipal, com a nossa celeridade, responsabilidade em aprovar esse projeto de lei”. Que Deus nos conceda vida e saúde para que daqui a dois anos e meio, três anos, todos nós po
ssamos estar aqui celebrando e festejando um novo estádio do São Januário, o nosso Caldeirão, com 45 mil pessoas.
A minha gratidão, obrigado, Pedrinho e Presidente Caiado, em nome de todos os vereadores. Viva o Vasco da Gama, viva a Cidade do Rio de Janeiro!


O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Obrigado, vereador.
Com a palavra, o vereador Willian Coelho.



O SR. VEREADOR WILLIAN COELHO – Boa noite a todos.
Queria cumprimentar os vereadores na figura do nosso Presidente Caiado; cumprimentar todos os vascaínos, todos que estão presentes aqui nesta Audiência, na figura do nosso presidente Pedrinho.
Eu acho que já foi muito bem colocado aqui a importância dessa obra, a importância dessa reformulação do estádio do Vasco, não só para o Vasco, mas para todo o seu entorno; mas, para mim, Isquierdo, como para você, que também é vascaíno, é motivo de muita alegria, orgulho e honra como vereador poder estar participando desse processo e no futuro dizer: quando esse estádio, Pedrinho, estiver pronto, eu votei lá na Câmara para que tudo isso pudesse acontecer, até porque Pedrinho, eu me lembro com os meus 13, 14 anos, eu correndo por estes corredores, jogava muita bola aqui nesses campos de terra que tinha aqui atrás, e a gente ficava maluco jogando bola, vocês treinando, e a gente ia para o campo e queria entrar no campo, enfim, então, uma memória muito forte, Paulo, na minha cabeça. Nunca fui muito bom de bola, não, Pedrinho, mas a gente costuma brincar, que meu pai gastou duas fazendas, mas eu não consegui chegar. Mas saía lá de Sepetiba, duas horas dentro de um fusquinha, tinha um tio que me trazia para vir treinar aqui no Vasco. Então, é motivo de muita honra, muita alegria, muito orgulho poder fazer parte de todo esse processo.
Muito obrigado. Viva o Vasco! Viva o futebol carioca!


O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Obrigado, Vereador.
Vamos passar a palavra aos inscritos. Reforço a pauta de que cada inscrito tem... Eu quero passar a palavra a todos, mas reforço que para que isso aconteça, eu preciso que cada um disponha de até três minutos e não passar disso, por gentileza.
Quero convidar o Marcelo Paiva, representando o grupo Voluntário pela Revitalização do entorno do São Januário, para fazer uso da palavra.


O SR. MARCELO PAIVA – Boa noite ao Presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Carlo Caiado; Presidente da Assembleia, Eliseu Kessler; o Presidente do Clube de Regatas Vasco da Gama, Pedro Paulo de Oliveira, nosso querido Pedrinho. Boa noite às autoridades que aqui estão presentes, na figura dos vereadores e outras autoridades do bairro. Boa noite também aos antigos ídolos que nos deram muitas alegrias; e boa noite a todos os presentes.
Quem vos fala é o engenheiro civil Marcelo Paiva, membro do grupo voluntário pela revitalização do entorno de São Januário, que é um trabalho que tem 13 anos de existência e muitas conquistas. Conseguimos, servindo de ponte de ligação entre o Poder Público e o Clube de Regatas Vasco da Gama. E quero citar aqui os nomes dos meus companheiros que é André Pedro, Raimundo Almeida, Marcus Simonini, Felipe Labanca e o nosso querido Maurício Mendes, que é o Presidente da Câmara Comunitária de São Cristóvão e é membro também do nosso grupo.
Bom, nós temos uma representatividade porque conseguimos angariar 10.313 assinaturas reivindicando a revitalização do entorno aqui do São Januário, uma vez que já sabíamos que uma hora ia acontecer a ampliação desse estádio e agora chegou o momento. O momento é esse.
E eu quero destacar que esse estádio, ao ser construído, vai promover um potencial de investimentos tanto na educação, saúde, transporte, segurança, lazer, turismo, enfim, entre outros. E isso vai ser muito benéfico para essa região, que ela é carente de algumas ações e ela necessita realmente. Uma vez o estádio ampliado, ele vai precisar de acessibilidade e mobilidade urbana. E também destacar que a construção civil, que é o termômetro da economia de um país, de um estado ou do município, ela vai proporcionar a geração de empregos diretos e indiretos e, consequentemente, impostos serão gerados que vão ser revertidos na educação, saúde e outros segmentos.
Então, eu gostaria de agradecer a atenção aqui de todos e pedir que Deus a todos nós nos abençoe. Quebrando o protocolo, gostaria de destacar, dar um abraço aos Vereadores Alexandre Isquierdo, Pedro Duarte e Paulo Pinheiro, que independente de posição partidária, eles tiveram uma coisa em comum, não somente por ser Vasco, eles visaram uma obra que vai gerar benefícios não somente para esta região, que vai ser a pioneira, mas sim para toda Cidade do Rio de Janeiro.
Parabéns a todos e obrigado pela atenção!


O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Muito obrigado.
Para fazer uso da palavra, quero convidar o Vereador Pedro Duarte.


O SR. VEREADOR PEDRO DUARTE – Boa noite, Presidente Carlo Caiado, em nome do nosso Presidente Pedro Paulo, Pedrinho, nosso ídolo. Quero saudar todos da Mesa, saudar a nossa torcida. E, como foi dito, da felicidade não só de estar vereador nesse mandato e poder ter a oportunidade, vou estar muito feliz, Presidente, quando, no máximo, na semana que vem, a gente estiver ali apertando aquele botão do voto, sim. Entrar, fazer parte da história do Vasco, fazer parte da história dessa torcida que vai ter mais uma vez feito uma grande transformação.
Como foi muito bem dito, o Vasco tem uma história de transformação, seja através de São Januário, através do seu CT, através da resposta histórica. Em todos os momentos em que o Vasco teve oportunidade de fazer a diferença ao longo da sua história, ele fez. E, para mim, é um carinho muito grande estar aqui. Minha família tem loja no Cadeg há mais de 40 anos, família de português, vendendo flores. Então, era uma tradição na família, sábado e domingo, estar lá com meu pai vendendo flores, meus tios, e depois vir aqui para São Januário ver uma partida com meus pais, comer um bolinho de bacalhau.
Então, tenho certeza de que a gente vai poder fazer essa diferença. E é muito importante que o estádio seja uma oportunidade de transformação para nossa torcida, para o nosso clube. Eu, Pedrinho, estou aqui nos meus 33 anos. Eu era muito novo na geração ali de 1997, 1998, 1999, 2000, mal consigo me lembrar dessas partidas. O Paulo Pinheiro teve oportunidade de ver equipes nossas muito vitoriosas. Eu tenho a torcida e a esperança, como torcedor vascaíno, de que aqui vai ser uma grande oportunidade de guinada no nosso clube. Sabemos bem, nos últimos 15, 20 anos tivemos muitas dificuldades no futebol. E a reforma de São Januário será o diferencial para nossa torcida e para o entorno, como muito bem pontuado aqui. Quando a gente sai de 20 mil de público, de 20 mil torcedores presentes para 45 mil, para 47 mil, isso movimenta o comércio, gera emprego, gera renda e é decisivo para a região.
E as obras no entorno, que a gente vem sempre falando, serão muito importantes para uma região também que tem obras. O Poder Público tem uma dívida com a região, e o Vasco, mais uma vez, será um parceiro para resolver isso. Então, mais uma vez, é o Vasco sendo transformador na vida das pessoas e no esporte brasileiro. Estou muito feliz de poder fazer parte disso, como torcedor e como vereador.
Muito obrigado. Vamos aprovar isso!

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Obrigado, Vereador.
Com a palavra, o Senhor Aquiles Martins.

O SR. AQUILES MARTINS – Boa noite, vascaínos. Boa noite, vascaínas. Boa noite, vereadores.
Presidente Pedrinho, eu tenho que agradecer a você por essa atitude que você tomou; agradecer também ao Eduardo Paes, o prefeito do Rio. Quero mandar um boa-noite para os funcionários do Vasco: vocês moram no meu coração, tá? Quero agradecer a toda a torcida do Vasco. Agora nós vamos ter que nos unir para conseguir ajudar o presidente Pedrinho nessa caminhada aí, na construção do estádio.
É rapidinho, só queria realmente agradecer a você, Pedrinho, por tudo que você está fazendo. No que depender do Aquiles Martins, você tem ajuda. Vamos todos ajudar. Quero agradecer a todos os vereadores que estão votando a favor.
É só isso mesmo. Parabéns, vascaínos. Estamos juntos.

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Obrigado, querido.
Quero convidar, com muito prazer, o Vereador Paulo Pinheiro para fazer uso da palavra.

O SR. VEREADOR PAULO PINHEIRO – Obrigado. Boa noite a todas e todos da Mesa presentes.
Eu fiquei muito tocado, Pedrinho, com a sua emoção ao falar do seu pai. Eu sou um vascaíno antigo, como foi dito já aqui. Meus pais, meu avô, meu pai, toda minha família, nós morávamos aqui. Eu nasci aqui na Rua General Argolo. Naquela época, em 1949, a gente nascia em casa. Eu nasci em casa, nasci vascaíno aqui do lado. A emoção de pensar no passado... Nós não podemos viver do passado, mas o passado do Vasco nos animou cada vez mais a lutar, no presente, por aquilo que é justo numa sociedade como essa. E o Vasco, aqui, ao lado de uma população de tanta vulnerabilidade, está se mostrando absolutamente pioneiro nessa luta, diferente de outros locais em que as pessoas foram tiradas de perto dos seus estádios. Aqui, não. Aqui nós queremos as pessoas em volta do estádio. As pessoas que aqueceram esse clube durante tanto tempo têm que ficar aqui do lado. Esse projeto tem que pensar nisso.
Eu vejo com muita emoção esse ginásio. Também joguei futebol aqui. Não fui tão craque quanto você. Joguei aqui, joguei em São Cristóvão. Mas esse ginásio me lembra uma coisa também do passado. Aqui, naquela época, nós tínhamos belíssimos bailes de Carnaval. Aqui era um local onde nós podíamos frequentar o clube para fazer isso. Então, o que espero, e me sinto muito honrado, como todos os meus colegas aqui de estar numa discussão em que não é somente ser vascaíno... Nós temos divergências políticas muito grandes. Eu, o Isquierdo e o Pedro Duarte temos posições políticas diferentes, nossos partidos têm posições diferentes. Mas, neste caso, nesse momento, nesta luta, nós estamos discutindo, não como vascaínos – nós estamos votando esse projeto como vereadores que sabemos que, para esta Cidade, para esta área, para essa população, essa proposta não vai falhar.
E eu tenho certeza que a emoção que o pai do Pedrinho deixou para ele, que nossos pais nos deixaram. Nós temos que ter um Vasco moderno, um Vasco novo, mas sem perder o DNA do Vasco. Por isso, nós, no passado, no momento como esse, era o momento de fazer alguma coisa que nós não fizemos até aqui, que é puxar um casaca!
Casaca, casaca, casaca-zaca-zaca, a turma é boa, é mesmo da fuzarca! Vasco! Vasco! Vasco!
Obrigado!

(PALMAS)


O SR. VEREADOR ZICO – Pedrinho, puxa o Casaca aí.


O SR. PEDRO PAULO DE OLIVEIRA – Melhor no final, não é, Presidente?


O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – No final vai.
Senhor Derê Gomes, representando a Federação das Favelas do Estado do Rio de Janeiro.


O SR. DERÊ GOMES – Saudações vascaínas! Boa noite a todos os presentes.
Saúdo aqui a Mesa em nome do nosso Presidente Pedrinho, do Vereador Caiado, Presidente da Câmara Municipal.
Bom, eu sou criado no Complexo da Penha, sou diretor da Federação de Favelas do Rio de Janeiro, sou vascaíno também, e sou coordenador do Só Cria, que é uma rede de educação popular de pré-vestibulares que nasceu na favela da Rocinha e que hoje tem um polo na Barreira do Vasco. Foi recebido primeiramente pela Presidenta Vaninha, a quem eu saúdo aqui, e em nome dela saúdo todos os presentes. E hoje funciona aqui dentro do Vasco, abraçado pelo clube, pela estrutura do Colégio Vasco da Gama.
Comecei falando do Só Cria e do Colégio Vasco da Gama, porque São Januário é o maior patrimônio que o vascaíno tem, é o maior orgulho do vascaíno. Então, essa discussão hoje aqui é fundamental. E a aprovação desse projeto é fundamental.
Mas hoje, aqui, em nome da Federação de Favelas, queria dizer que essa união que existiu entre o Poder Público, a Câmara Municipal e o Vasco, é uma união que tem que continuar depois que esse projeto... Tenho certeza que vai ser um sucesso, seja construído, porque eu estava conversando com a Vaninha mais cedo, a gente precisa que todas essas garantias que estão sendo colocadas no projeto sejam de fato implementadas.
O Vereador Paulo Pinheiro falou bem aqui, a gente sempre vê nos grandes projetos, que existem não só no Rio de Janeiro, mas em várias cidades, e, infelizmente, em muitos desses projetos, as pessoas pobres, as favelas, acabam sendo removidas, acabam sendo colocadas para longe. E aqui, eu acho que a disposição que o Presidente Pedrinho mostrou desde o início, no diálogo com a Câmara Municipal e com a Prefeitura, é de ir ao sentido oposto: de ser, de fato, um polo de desenvolvimento urbano, econômico e social para a Barreira do Vasco e as demais favelas do entorno.
Então, é nesse sentido que a Federação de Favela vem aqui para fazer esse apelo, que esse espírito continue até o final, para que a gente tenha, como Sérgio Dias colocou, os setores populares, para que os moradores da Barreira possam vir assistir o Vasco, para que a gente tenha o nosso estádio que sempre foi e que continue aberto para a população do entorno, para os favelados aqui da Barreira do Vasco e demais favelas; e que, principalmente, os trabalhadores camelôs possam continuar trabalhando aqui no entorno quando tiver jogo do Vasco, porque a gente sabe que o nosso clube, o nosso estádio, ele garante a comida na mesa de muitas famílias trabalhadoras. A gente precisa que isso tenha continuidade.
Essa é a saudação da Federação de Favelas. Vamos continuar junto da Vaninha, da Associação de Moradores da Barreira do Vasco, acompanhando esse processo e dando a nossa contribuição para que essa reforma seja um sucesso esportivo e econômico para o Vasco; mas, principalmente, para a Barreira do Vasco, para as favelas do entorno e para a Cidade do Rio de Janeiro.

(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Muito obrigado.
Quero, com muita honra, convidar o Vereador Luiz Ramos para fazer uso da palavra.


O SR. VEREADOR LUIZ RAMOS FILHO – Boa noite a todos e a todas.
É um prazer estar aqui. Queria saudar o nosso Presidente Pedrinho, saudar o nosso Presidente Carlo Caiado e todos os vereadores, o Alexandre Isquierdo, Willian Coelho, Presidente Eliseu Kessler, Zicão, nosso Pedro Duarte, e fazer uma referência aqui ao Sérgio Dias.
Vocês acertaram em cheio em escolher esse urbanista, eu tinha, quando conversei com Isquierdo, o Isquierdo falou quem seria que apresentaria, que estaria à frente desse projeto. Já fiquei muito feliz, porque a gente sabe o tamanho do Sérgio Dias. Foi secretário municipal. Tive o prazer de despachar com você, Sérgio Dias. E a gente assistindo esse projeto aqui na cidade do Rio de Janeiro, aqui nesse projeto do Vasco, a delicadeza, os detalhes, a riqueza, a grandeza, a gente fica muito feliz como vereador, não só na questão do futebol, como se tem colocado aqui. Como disse o rapaz da federação aqui das favelas, é muito importante essa integração com as comunidades, com desenvolvimento econômico e social.
Alexandre Isquierdo, você que me trouxe aqui para entregar a Medalha São Francisco de Assis. A gente descobriu que o Vasco da Gama está sempre inovando, é sempre o primeiro, está sempre saindo na frente. E saiu na frente com a questão dos animais, sócio-torcedor dos animais. Eu falei: “Isquierdo, gostaria de entregar uma Medalha São Francisco de Assis”. E a gente teve aqui a oportunidade.
Então, Pedrinho, pode contar com o meu voto, pode contar com o nosso esforço. Alexandre Isquierdo é um grande amigo e está sempre falando, solicitando, e eu estou junto com ele. O que ele falar está decidido.

(PALMAS)


O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Obrigado, Vereador. Quero convidar para fazer uso da palavra o Senhor Alen Martinez, Presidente da Associação de Moradores do Café.


O SR. ALEEN MARTINEZ – Primeiramente, boa noite a todos. Boa noite aos Vereadores da bancada. Boa noite ao nosso Vereador Isquierdo, que foi um dos caras que nos ajudaram no início da fundação da nossa associação, nos ajudou com a nossa ata. Boa noite ao Presidente Pedrinho.
Eu sou praticamente cria aqui da Comunidade da Barreira do Vasco. Eu sou oriundo da Praça H de Benfica. A nossa comunidade é uma comunidade recente e, desde que cheguei à comunidade e começamos com os nossos trabalhos, eu vi o quanto o Vasco da Gama é importante para a nossa comunidade, o quanto ele gera emprego, diretamente e indiretamente, para os nossos moradores, tanto da Barreira do Vasco quanto do Tuiuti, quanto do Arará e, propriamente, também da minha comunidade, que é a Comunidade do Café.
Então, gostaria, em nome da minha comunidade, de agradecer a todos vocês e dizer que estamos torcendo por esse projeto. Na verdade, eu queria também fazer uma pergunta: se vocês têm algum projeto, diretamente ou indiretamente, com os comerciantes em volta do nosso estádio? Eles vão ter a oportunidade de continuar trabalhando em volta do estádio do Vasco da Gama? Esse projeto já está em pauta ou vocês ainda estão analisando se vai acontecer ou não? Porque essa é hoje a maior preocupação dos moradores. Eles torcem para que essa obra aconteça, mas, ao mesmo tempo, ficam com essa preocupação se vão ter a oportunidade de continuar trabalhando. Essa é a minha pergunta.


O SR. THIAGO RAMOS DIAS – Bom, obrigado pela pergunta.
Da parte do Poder Público, não há nenhuma previsão de remoção dos ambulantes do entorno. O que a Prefeitura faz ordinariamente não seria diferente por ocasião da renovação do estádio. São as ações de ordenamento normal, privilegiando aquele que está dentro da norma, que exerce o seu trabalho de maneira regulada e, portanto, bem-vinda na cidade. Do ponto de vista do impacto da obra para os ambulantes, não vemos nada específico no sentido de impacto negativo.
O que é importante ressaltar é que a requalificação do entorno potencialmente pode gerar, inclusive, mais espaço para atividades legais no entorno, na concessão de mais autorizações para esses ambulantes exercerem suas atividades de maneira mais organizada do que atualmente porque dentro de um espaço urbano mais organizado depois da requalificação, a gente consegue acomodar isso melhor.
É importante pegar o gancho da pergunta e ressaltar que o PLC, que foi enviado pelo Prefeito Eduardo Paes, prevê um programa social para as comunidades do entorno, essas que foram citadas. Foi um pedido nas audiências públicas que essas comunidades fossem citadas nominalmente, com algumas ações, incluindo, durante a obra, a contratação preferencial de mão de obra dessas comunidades. Então, a gente está tentando fazer da maneira mais harmônica com o seu entorno. A gente está tentando fazer pensando do ponto de vista da obra.
Toda obra traz seus transtornos, isso é natural. Mas mesmo nesse transtorno a gente está tentando enxergar oportunidade de potencialização disso com o engajamento dessas populações.
Acho que o presidente Pedrinho queria complementar.

O SR. PEDRO PAULO DE OLIVEIRA – Você falou o ponto que eu queria abordar. Inclusive, eu alinho com a Vaninha a capacitação de muitos moradores ali, para incluí-los na obra, obviamente, pelo período de dois anos e meio, a gente não sabe quanto tempo vai durar. E uma listagem já com a profissão de alguns para que a gente possa também fazer com que eles façam parte do projeto aqui dentro, nesse período de obra, obviamente, para não ter nenhum dano econômico.
Isso está sendo alinhado bem com a Vaninha, na perspectiva de que as coisas caminhem de forma paralela, tanto a obra quanto a economia da Barreira.

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Respondido?
Obrigado.
Para fazer uso da palavra, o Senhor Marcelo Ferreira, presidente da Associação de Moradores do Parque Arará.

O SR. MARCELO FERREIRA – Boa noite a todos. Boa noite ao Presidente da Câmara, Carlo Caiado, e ao presidente do Vasco, Pedrinho.
Quero parabenizar pelo projeto o Senhor Sérgio. Eu, como representante da Associação de Moradores do Arará, estou aqui torcendo para que esse projeto seja aprovado, até porque há muito tempo nós ouvimos falar desse projeto e nunca tinha sido levado à frente. Então, hoje nós estamos aqui apoiando esse projeto porque vai ser uma transformação na nossa região, ainda mais pela forma como ele está sendo feito, integrando a comunidade ao Club de Regatas Vasco da Gama, gerando empregos. Vai gerar renda econômica para os comerciantes locais, por isso, em nome da comunidade, nós estamos aqui em prol do Club de Regatas Vasco da Gama apoiando esse projeto para que seja aprovado o mais breve possível.
Parabéns, presidente Pedrinho. Forte abraço a todos os presentes.
(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Muito obrigado.
Para fazer uso da palavra, a senhora Vânia Rodrigues, presidente da Associação de Moradores da Barreira do Vasco.
(PALMAS)

A SRA. VÂNIA RODRIGUES – Boa noite.
Primeiramente, quero agradecer a essa Mesa linda, porque se não fosse por vocês, a gente não estaria aqui; e agradecer a Deus, primeiramente, por capacitar e ter homens com responsabilidade igual a vocês. Teve gente que passou e ficou menos de três minutos, então eu vou roubar o minutinho de cada um que passou, está bem?
Agradeço a essa torcida, porque não tenho como não agradecer a essa torcida que está aqui: Marcelinho, Fabinho, Foca, porque, para mim, essa torcida é aquela que está comigo em todos os momentos. Eles não estão comigo só no momento do jogo. Eles estiveram comigo antes do jogo, estiveram comigo durante a pandemia, estiveram comigo durante a favela alagada com uma enchente, com moradores perdendo tudo. Então, é uma amizade que eu não construí em uma semana, não construí em 15 dias, não é? Quero agradecer também ao povo aqui do Vasco, que mora no meu coração.
Hoje eu falei: gente, hoje é o dia. Na primeira audiência, eu estava calma, mas hoje... Os homens não vão entender, mas nós, mulheres, quando a gente diz: oito meses de gravidez, está chegando o dia. Nove meses, está se aproximando mais ainda o dia. Hoje eu falei: hoje é tudo ou nada, hoje é a última audiência, é audiência em casa. Pedrinho deve saber disso, quando o jogo é em casa, parece que a responsabilidade aumenta, parece que você pensa: eu tenho que fazer gol porque estou na minha casa, tenho que mostrar para a minha torcida. Então, hoje o meu peso é esse, é eu estar aqui, estar aqui dentro do Vasco. Eu falo que estou dentro da minha favela, estou dentro da Barreira do Vasco. Eu costumo falar favela, porque não é comunidade, é Favela Barreira do Vasco, é Favela do Arará, é Morro do Tuiuti. O Café faz parte da favela, é a Favela do Café, que faz parte da Favela da Barreira do Vasco.
Não estou aqui para falar: “Olha a minha comunidade, olha os meus moradores”. Não. Eu estou aqui para falar que a minha favela precisa de uma reforma, a minha favela vai crescer junto com São Januário, porque quando lá atrás nós tivemos aquilo de “a favela não presta”, a “favela está prejudicando o clube”, a “favela está fazendo o estádio não ter mais jogo”, eu tive que lutar, eu tive que brigar, eu tive que botar a minha cara e falar que a favela presta sim e assim nós conseguimos, o estádio voltou a ter seus jogos, os comerciantes voltaram a ganhar e aqui eu estou novamente falando que a Barreira do Vasco é junto com o Vasco. O Vasco não pode quebrar esse elo, então essa história de quando alguém falar assim: “Ai, Vaninha, eu sou morador, vou ficar sem casa. Ai, Vaninha, o que você vai fazer?” Eu falo e estou lá junto, nós vamos acompanhar esse processo, nós vamos estar juntos com esse processo e esse projeto.
Quando o Pedrinho chegou lá e falou no primeiro dia que ele foi lá na associação, Vaninha, você vai ver, eu vou ganhar e nós vamos fazer uma mudança. Eu ainda falei assim: Mais um. Não é político, mas é mais um. Mas aí eu vi que com ele tem diferença no olhar. Sabe aquele carinho que ele falou. Sabe quando o Pedrinho me conquistou? Foi em dezembro quando ele falou para mim que ia fazer uma festa de Natal para as crianças dentro do clube. Eu trouxe 120 faveladinhos que nunca entraram aqui sabe por quê? Nunca nenhum presidente deixou a favela entrar no estádio, era mais fácil a favela ser contemplada lá na favela. É mais fácil levar o cachorro-quente lá na favela, é mais fácil levar ovo de páscoa na favela, mas o Pedrinho falou que a festa ia ser dentro do estádio.
Quando eu entrei aqui com aquelas 120 crianças correndo para um lado, correndo para outro... Abriram as portas para a favela. Então, Pedrinho, eu peço a Deus, com toda minha fé que eu, você, essa Mesa e esses que estão aqui e mais outros que ainda vão estar estejam no dia da inauguração. E sei que estou fazendo a minha parte confiando no Poder Público porque eu sei que o Poder Público vai olhar mais pela favela depois dessa obra, então eu confio em você, Pedrinho, eu confio na Câmara de Vereadores, eu confio no Caiado, porque para ele estar onde ele está é por que ele tem capacidade. Isquierdo eu nem falo porque eu vou lá e bato nele se isso aqui der errado. Esses aqui já são meus também, então, torcida, lembra quando vocês falaram que, durante os três anos quando tiver jogo, vocês vão continuar ajudando as favelas? Conto com a torcida, eu conto com vocês. Viva a favela! Viva o morro! Viva o Vasco e o Rio de Janeiro!

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Parabéns, Vania. Quero convidar para fazer uso da palavra, Senhor Renato Brito Neto, segundo vice-presidente do Clube Vasco da Gama.

O SR. RENATO BRITO NETO – Boa noite, pessoal. Boa noite, todos e todas. Sempre falo que três minutos para um advogado é difícil, falo um pouquinho rápido, vou tentar lembrar todos os temas.
Primeiramente, agradecer a presença das torcidas do Vasco, Força Jovem, Marcelinho e Fabinho, da Gedeal, Foca, ATOV, no final vou fazer um pedido para vocês.
Complementar só um pouquinho a fala da Vaninha, do Derê, do representante da Favela do Café, vocês podem ter certeza de que, na verdade, as favelas Arará, Café, Tuiuti e Barreira fazem parte do Vasco, elas estão umbilicalmente ligadas ao Vasco, então não existe projeto de estádio sem que as favelas sejam contempladas. Nessa linha, além do que o Sérgio falou de que haverá uma integração maior do estádio e entorno e naturalmente da melhoria do entorno, mas eu queria falar um pouquinho das pessoas que já foram... Essa preocupação já foi contemplada em algumas falas, naturalmente que, no período de obra, não vai ter aquela pujança do comércio na época de jogos, é uma preocupação, tenho certeza de que as torcidas vão continuar ajudando.
A lei, de fato, tem já uma previsão de que majoritariamente as pessoas que trabalhem na obra sejam das favelas e, de fato, o Vasco está fazendo já esse cadastramento, mas tem um ponto que eu queria reforçar que a nossa intenção é fazer uma capacitação, ou seja, cursos profissionalizantes tanto para profissões ligadas à obra em si como para que eventualmente elas se tornem uma profissão para a pessoa dali para frente. Ou seja, acabou a obra, se a pessoa quiser, ela pode continuar com aquela atividade. E não só atividades ligadas à obra em si, os serviços prestados na obra, mas o projeto tem um clube social, ele tem a previsão de um museu, então, a nossa intenção, inclusive a gente até já promoveu aqui no Vasco, dois dias de debate de museu, então a intenção é também capacitar profissionalmente as pessoas na área de museu, na área de arquivo, para trabalhar no nosso centro de memória, na área de biblioteconomia.
Ou seja, todos os empregos gerados a partir da reforma do estádio, a nossa prioridade é que pessoas moradoras das favelas do entorno sejam recebidas em São Januário. É importante esse detalhe para mostrar que de fato ressaltar que a gente não está só falando apenas de uma reforma de estádio para ver jogo de futebol. A gente está falando de uma reforma de um equipamento da cidade, que vai ter jogo de futebol, sim, vai ter evento, vai ter shows, São Januário é um lugar central e a intenção é que revolucione também todo mundo que mora ao lado. Como o Derê muito bem apontou, que não seja, na verdade, um limitador, muito pelo contrário, que seja um instrumento de expansão e desenvolvimento para todos que estão aqui ao lado, que seja tanto uma expansão de desenvolvimento físico quanto uma expansão, principalmente, que é o que a gente acredita, das pessoas.
Por fim, pessoal, alguns vereadores já deram um spoiler aqui, está chegando, pode ser quinta-feira, pode ser na semana que vem, mas nunca esteve tão perto. Então, o que eu queria pedir aqui é um apelo, um engajamento final de sócios, torcedores e torcida organizada. A gente conta muito com vocês para fazer aquela, não vou chamar de pressão, mas aquele engajamento do bem, rede social, comentário positivo, pensamento positivo, sempre que for possível, enaltecer a importância do projeto e do processo, dar força aos vereadores e, quando a data for marcada, se for possível, lotar as galerias mostrando apoio e fazendo uma grande festa. Pessoal, nunca esteve tão perto, a gente conta com vocês.
Obrigado e boa noite.
(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Esgotadas as inscrições e as falas, partindo já para as considerações finais, eu gostaria, em primeiro lugar, de parabenizar nosso engenheiro pelo projeto. Na verdade, você já está transformando esse grandioso estádio numa cidade. A magnitude arquitetônica com que você olhou esse projeto não é para qualquer profissional. Aqui vai ser uma grande cidade do São Januário, um lugar onde haverá interação social, convívio social e, acima de tudo, a promoção do esporte e dos grandes campeonatos que aqui acontecerão. Então, os olhos do mundo também estarão voltados para este lugar, para o Vasco da Gama. Então, parabéns, Sérgio, pelo grande projeto.
Mas eu não poderia deixar de enaltecer e jogar luz sobre um homem que é vascaíno e está fazendo, usando todos os esforços, para que essa construção aconteça. Ele está presente aqui, não fisicamente, mas o seu corpo técnico está aqui fazendo acontecer, o grande gestor do Rio de Janeiro e um grande vascaíno, e eu não posso deixar de agradecer e de pedir uma calorosa salva de palmas para o Prefeito Eduardo Paes. Tudo está acontecendo por causa dele.
Então, ao Prefeito Eduardo Paes, nossas saudações para que tudo aconteça da melhor forma possível. Prefeito Eduardo Paes, muito obrigado pelo seu carinho e pela condução com que tem feito tudo acontecer.
Sem mais delongas, quero passar a palavra ao nosso querido Pedrinho para que faça o seu clamor com toda a torcida de pé. Muito obrigado a todos vocês, Deus nos abençoe.

O SR. PEDRO PAULO DE OLIVEIRA (PEDRINHO) – Todos de pé. Atenção, vascaíno, ao Vasco nada?
“Então como é que é, como é que é, como é que é? Casaca, casaca, casaca, casaca! A turma é boa, é mesmo da fusaca! Vasco, Vasco, Vasco!”
(PALMAS)



O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Está encerrada a Audiência Pública.

(Encerra-se a Audiência Pública às 20h51)




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Data de Publicação: 06/13/2024

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